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ULTRASSOM COM MAMOGRAFIA

Uso combinado de tecnologia detecta mais casos de câncer de mama.

Uso combinado de tecnologia detecta mais casos de câncer de mama

Uma das publicações mais respeitadas em Medicina, o jornal The Lancet, acaba divulgar estudo japonês que analisou o diagnóstico por imagem de cerca de 73 mil mulheres com idade entre 40 e 49 anos, e risco aumentado para o câncer de mama devido à densidade do tecido mamário. A equipe liderada pelo professor Noriaki Ohuchi comparou um grupo de pacientes submetidas à combinação de ultrassom e mamografia com um grupo que fez apenas a mamografia. O resultado surpreendeu, mostrando que no primeiro grupo foram detectados 57% mais casos de câncer de mama.
Nove em cada dez casos foram diagnosticados corretamente pela combinação dos dois exames de imagem – mamografia e ultrassom. Também a sensibilidade aumentou (91,1% contra 77%), permitindo identificar tumores mais invasivos, bem como em estágios mais precoces. Sendo assim, os pesquisadores concluíram que realizar o ultrassom em conjunto com a mamografia é um meio econômico de aumentar a detecção do câncer em pacientes com mamas densas e, principalmente, aumentar a detecção da doença logo no início.
Na opinião de Vivian Schivartche, médica radiologista do Centro de Diagnósticos Brasil, o principal ganho da combinação da ultrassonografia com a mamografia é a possibilidade de encontrar tumores agressivos e invasivos em estágio precoce, o que melhora consideravelmente o prognóstico de tratamento e reduz as taxas de mortalidade pela doença. Mas o grande avanço, mesmo, chegou depois da introdução da tomossíntese no Brasil. “Conhecida como mamografia 3D, a tomossíntese se provou importante aliada na detecção precoce do câncer de mama, nos permitindo visualizar tumores menores e mais agressivos – quando comparada à mamografia convencional. Agora, demos um passo ainda mais importante com a utilização de um software que melhora a visualização do exame, proporcionando um diagnóstico mais preciso de tumores muito pequenos, ainda no início da doença”.
A médica explica que o software C-View utiliza imagens da tomossíntese e produz imagens mamográficas em 2D, sintetizadas – sem necessidade de uma nova radiação e sem que a paciente tenha de fazer a mamografia convencional. Dessa forma, é possível melhorar a visualização e o diagnóstico da doença, obtendo todas as vantagens de antes, só que com menor exposição à radiação e um salto de qualidade no diagnóstico do câncer de mama. “Além de eliminar a sobreposição dos tecidos, reduzindo a necessidade de repetição de exames para maior precisão diagnóstica, hoje em dia temos melhor definição das bordas das lesões, melhor detecção de lesões sutis e melhor localização da lesão na mama. Além disso, o uso do software faz a exposição à radiação cair pela metade”.

Fonte: Press Página

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