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ULTRASSONOGRAFIA DA PRÓSTATA

O exame é usado para detectar as doenças e as alterações prostáticas junto com o toque retal e outros exames laboratoriais.

O exame é usado para detectar as doenças e as alterações prostáticas junto com o toque retal e outros exames laboratoriais.

Muitas doenças envolvem a glândula prostática, incluindo as anormalidades da estrutura prostática, as infecções, os cistos, a hipertrofia (aumento) e o câncer (o mais comum do homem). O exame ultrassonográfico é usado para detectar as doenças e as alterações prostáticas junto com o toque retal e outros exames laboratoriais. A dosagem do PSA (antígeno prostático especifico) no sangue, embora seja considerado um bom rastreador do câncer de próstata, detecta apenas 70% dos casos. O toque retal também não consegue detectar o câncer mais agressivo da próstata, pois ele cresce invadindo e mesclando-se com o tecido prostático não canceroso, o que impossibilita ao médico senti-lo como um nódulo distinto do restante da glândula. Portanto, é indispensável você se submeter ao exame ultrassonográfico retal (de alta resolução), associado ao estudo com Power Doppler, para que sejam detectados praticamente todos os casos desta moléstia, em especial quando o câncer está no seu estágio inicial, que é curável.

Vendo por esse prisma, a situação do homem é melhor do que a da mulher, que não dispõe de meios tão efetivos para controle dos tumores de mama e ovário até o presente.

O diagnóstico específico de câncer prostático requer a biópsia, que é feita com a retirada de uma amostra de tecido, da área de suspeita da glândula. Se uma área suspeita ou muito vascularizada for identificada na ultrassonografia transretal, uma biópsia poderá ser realizada sob direcionamento ultrassonográfico, para ser retirado uma pequena amostra de tecido, a qual será examinada ao microscópico por um patologista, que emitirá o laudo final.

Indicações da ultrassonografia de próstata
• Exame digital alterado com PSA normal em pacientes de qualquer idade;

• Como exame de rotina (anual) em pacientes acima de 50 anos;

• PSA aumentado em pacientes de qualquer idade;

• Diagnosticar patologias benignas da próstasta (hiperplasia prostática benigna, infartos, prostatites, ectasia ductal benigna, calcificações, lesões focais uretrais, cistos prostáticos, lesões ductos ejaculatórios, malacoplaquia);

• Diagnosticar a infertilidade;

• Diagnosticar o câncer de próstata (rastreamento anual após os 50 anos);

• Dirigir biópsia, em especial para as áreas de hipervascularização (Doppler);

• Estadiamento do câncer de próstata;

• Guiar implante de radioterapia local;

• Seguimento hiperplasia prostática benigna, suspeita de tumor, pós cirurgia.

Por que fazer o estudo doppler da próstata?

O Risco de uma área hipoecóica da zona periférica da próstata (região que responde por 70% dos casos de câncer da glândula) varia de 17 a 57%. Entretanto, alguns tumores são isoecóicos (não têm contraste entre o tecido normal e o patológico) e não são vistos. Além disso, é comum a próstata ser heterogênea, o que dificulta identificar uma determinada área como a suspeita. O tumor maligno cresce mais rápido do que o tecido normal ou TU benigno, pois requer maior suprimento sangue e é mais vascularizado. Portanto, recomenda-se atualmente a complementação do estudo morfológico com o Power e Doppler-duplex colorido. O Doppler colorido não é o melhor método para o exame da próstata, pois os vasos que estiverem orientados paralelamente à sonda (ângulo de 90º) não serão identificáveis, enquanto que o Power Doppler independe do ângulo de incidência e consegue detectar muito mais vasos e com fluxo mais lento.

Os equipamentos de ultrassom mais antigos não melhoravam a acuidade diagnóstica, pois não tinham a sensibilidade para detectar os vasos diminutos e com fluxo sanguíneo lento da próstata. Essa situação mudou completamente com o advento dos equipamentos mais recentes e sofisticados de Power Doppler. A probabilidade de haver um câncer de próstata aumenta 4.7 vezes se houver hipervascularização focal no estudo Power Doppler. A biópsia da próstata deverá ser direcionada com ultrassom para zona de maior risco (hipervascularizada) e, dessa forma, é possível diminuir o número de biópsias que serão realizadas.

Quem é o examinador?

No Brasil, por determinação do CFM - Conselho Federal de Medicina, somente um médico(a) pode realizar e interpretar os exames de ultrassom. Para isso ele(ela) irá obter registros em série da próstata, para depois interpretá-los, relatando e concluindo sobre todas as lesões observadas. Esta interpretação não poderá ser disponível imediatamente após o seu exame, pois é tão ou mais complexa do que a realização do exame. Em alguns casos o seu médico irá necessitar de uma biópsia ou de outros exames laboratoriais, para esclarecer algum achado dúbio ou incerto.

Necessita-se de alguma preparação para o exame?

O exame morfológico e Doppler da próstata geralmente não requerem qualquer preparo. Alguns pacientes poderão necessitar de enema glicerinado antes do exame.

Se for realizada a biópsia da próstata, será necessário o uso de antibióticos antes e depois do procedimento, além do fleet enema, horas antes do exame. Se você estiver tomando aspirina, pílulas de alho ou anticoagulantes, eles terão que ser descontinuados de 7 a 14 dias antes da data marcada. Informe seu médico sobre qualquer medicação que esteja tomando ou se você é alérgico a alguma medicação. Se você for portador de prótese cardíaca, terá que receber uma dose extra de antibiótico endovenoso. Informe esses detalhes, quando marcar o exame.

O exame dói?

No exame ultrassonográfico de próstata a dor é referida apenas como um desconforto retal, similar ao encontrado no exame feito pelo médico urologista. Se for feita a biópsia da próstata, um desconforto adicional é relatado, quando da picada da agulha, embora perfeitamente tolerável com o analgésico tópico que é utilizado previamente ao procedimento.

Saiba mais: http://www.prosaudemt.com.br/artigo/11/Ultrassonografia-da-Prostata/16

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