Segundo nota do Conselho Federal de Medicina, em seu portal institucional, por lei, os procedimentos estéticos invasivos devem ser executados apenas por médicos preferencialmente com especialização em dermatologia ou cirurgia plástica, por estarem capacitados para oferecer ao paciente atendimento com competência técnica e segurança.

A manifestação funcionou como sobreaviso à população, em decorrência das complicações geradas por um peeling de fenol, que levou um paciente de 27 anos a óbito, no início deste mês de junho, conduzido por uma “profissional”, sem qualificação em medicina, em uma clínica de São Paulo, que não observou critérios mínimos exigidos na realização desse atendimento. Uma das suspeitas é de que o paciente tenha sofrido um choque anafilático. No texto, o CFM reitera ainda que, mesmo realizado por médicos, todo procedimento estético invasivo deve ocorrer em ambiente preparado com obediência às normas sanitárias e estrutura para imediata intervenção de suporte à vida, em caso de intercorrências, devido aos riscos do procedimento. O caso, que está sendo investigado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo foi registrado como morte suspeita e está sendo tratado como  homicídio com dolo eventual,  pelo 27º DP. No homicidio do dolo evental,  o agente não tem a intenção direta de causar a morte da vítima, mas assume o risco de produzir esse resultado ao realizar uma conduta perigosa. 

A investigação apura como a prestadora do serviço adquiriu essa prática, curso que realizou, onde realizou, entre outras questões que podem responder a perguntas esclarecedoras e necessárias para a condução e conclusão dos autos.

O que é o peeling de fenol?  

O fenol tem uma formulação muito antiga, usada desde os anos 60, mas que foi aprimorada ao longo do tempo. Hoje em dia, a substância aplicada, no peeling de fenol, não tem apenas fenol, mas também um produto chamado óleo de Cróton, que é o responsável por fazer com que o peeling se aprofunde mais na pele. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o peeling de fenol é invasivo e agressivo, por isso, deve ser realizado por médicos dermatologistas habilitados, com o paciente anestesiado e com monitoramento cardíaco. (No final do texto acompanhe o link da nota da SBD, na íntegra).  

 O tratamento, que consiste na aplicação subcutânea do ácido que dá nome ao procedimento é Indicado para combater as rugas e flacidez, e é feito principalmente no rosto. A substância provoca renovação intensa da pele e estimula a produção de colágeno. Quanto mais profunda for a injeção do ácido, mais invasivo o processo se torna.

Para o Prof. Esp. Joel Cauchichi Rigo, coordenador dos Cursos de Estética Médica da FATESA e profa. Dra. Cristiane Soncino, coordenadora dos Cursos de Estética da Instituição, é fundamental entender o mecanismo do fenol. “ O que devemos entender, é que o fenol provoca uma abrasão química e seu efeito promove a irritação da pele”, lembraram. Essa inflamação é responsável pela descamação da camada córnea, que é a camada externa de pele, que compõe a superfície da nossa epiderme e de camadas inferiores”, salientaram. 

                 Profa. Dra. Cristiane Soncino, coordenadora dos Cursos de Estética da FATESA: Esse procedimento precisa ser realizado por profissionais especializados e aptos para a realização do procedimento 

Esse procedimento precisa ser realizado por profissionais especializados, como cirurgiões plásticos e dermatologistas, em centros cirúrgicos, para que haja segurança do profissional e paciente, enfatizaram. No caso de peeling de fenol, a competência é do profissional da área médica e de especialidades especificas, justamente pelas competências que o procedimento exige. Na área da estética, existem outros tipos de peeling, que são de competência dos profissionais da área da estética, porém de acordo com a resolução de seus conselhos”, alertou Soncino, que prioriza a formação de excelência e atenção absoluta aos protocolos dos conselhos de classe e suas resoluções. 

clique na imagem e assista o episódio do FATESACAST que trata sobre assunto. 

Prof. Esp. Joel Cauchichi Rigo: Médico Estéta e coordenador dos Cursos de Estética Médica da FATESA: A Sociedade Brasileira de Dermatologia deixa claro, que  o peeling de fenol é invasivo e agressivo, por isso, deve ser realizado por médicos dermatologistas habilitados, com o paciente anestesiado e com monitoramento cardíaco 

 A Associação Nacional dos Esteticistas e Cosmetólogos (Anesco) declarou que a prestadora do serviço do peeling de fenol relizado, não tem formação como esteticista. Ela fez apenas cursos de micropigmentação, um procedimento usado para delinear e corrigir falhas, por exemplo, em sobrancelhas e lábios.

O assunto é de tamanha relevância, que nesta quinta-feira, 13 de junho, a partir das 20 horas, o FATESACAST abordará o tema sobre: Estética, Responsabilidade, Formação Profissional e Ética.

Acompanhe o episódio pelo link:

https://youtube.com/live/6s_QDy2SCxY?feature=share
 

As notas dos órgãos competentes sobre o fenol podem ser consultadas na íntegra pelos links abaixo:

https://portal.cfm.org.br/noticias/conselho-federal-de-medicina-alerta-por-lei-procedimentos-esteticos-invasivos-devem-ser-executados-apenas-por-medicos/

 

https://www.sbd.org.br/tag/peeling-de-fenol/